e pelas ruas vou sem me nutrir, calado,
não me sustenta o pão, a aurora me desconcerta,
procuro o líquido som de teus pés pelo dia.
Faminto estou de teu sorriso resvelado,
de tuas mãos cor de furioso celeiro,
tenho fome da pálida pedra de tuas unhas,
quero comer tua pele como intacta amêndoa.
Pablo Neruda
3 comentários:
Quanta força nas suas palavras...
Queria ter esse poder amiga...é do chileno Pablo Neruda ( ídolo)
O Nerudo devia estar com muita fome ao escrever tudo isso..
Poema muito bom... forte e provocador.
Pena ser pouco usado em nossos livros favoritos.
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